terça-feira, 6 de janeiro de 2009

QUE É A VOSSA VIDA?

Texto: Tg.4.13-17 (Ler Ec.2)

INTRODUÇÃO
Que valor tem este tema para você? Seria apenas um bom tema para animar conversas ou vale à pena fazer dele um estudo sério e sistemático? Ou seria demasiado vago para um tratamento sério?
Para alguns o sentido da vida é de difícil formulação. Vejamos o que algumas correntes filosóficas dizem a respeito do tema em apreço:
Os hedonistas afirmam que o sentido da vida consiste em descobrir a finalidade última da vida humana, ou seja; a satisfação dos nossos desejos.
Os gnosticictas, defendem que o sentido da vida se encontra no conhecimento.
O naturalista concebe a idéia de que a vida se finda com a morte e baseados nessa premissa dão vazão a tudo o que a vida oferece. Para os tais “a morte é como um sono do qual nunca acordamos”.
Dizer que a existência de Deus confere sentido à vida é uma incoerência, afirmam outros tantos filósofos.
Para muitos a morte torna a vida sem sentido. Isso seria verdade se fôssemos apenas mortais, mas o fato é que não apenas morremos, haveremos de acordar para uma nova dimensão e é exatamente isso que deve fazer-nos refletir com carinho sobre a vida.

O QUE SE ESPERA DA VIDA? Apenas o nome entalhado ou escrito numa lápide, ou registrado numa árvore genealógica?
No dizer do apóstolo Paulo “morrer era ganho e viver era lucro”.
Em síntese o que a maioria dos filósofos afirmam é mais ou menos isso: “A RAZÃO HUMANA NÃO PODE COMPREENDER QUE SENTIDO DE VIDA É ESSE QUE TERMINA EM DEUS!”
Há um fundo de verdade nessa afirmação, pois o sentido da vida não se descobre pela razão humana apenas, ela é muito frágil para penetrar nesses meandros, onde somente através da revelação dada pelo Espírito de Deus se pode chegar – 1Co.2.14.

O SENTIDO DA VIDA
Estudo americano desvenda o sentido da vida
O sentido da vida, que durante séculos pensadores, filósofos e, em geral, os seres humanos buscaram, foi finalmente desvendado: "A vida é para ser desfrutada", conclui um estudo acadêmico.
A revista britânica Journal of Humanistic Psychology publica esta semana um relatório de um grupo de psicólogos, dirigidos por Richard Kinnier, da Universidade do Arizona (EUA), que se dedicou a analisar as palavras de 200 pensadores, do escritor Oscar Wilde ao imperador Napoleão. A conclusão do estudo é que "é preciso desfrutar a vida enquanto for possível".
Pelo menos isso era o que pensavam 17% dos analisados, entre eles, personalidades tão diferentes como o ex-presidente norte-americano Thomas Jefferson e a cantora Janis Joplin, que morreu aos 27 anos de overdose, mas não sem antes cantar "aproveite enquanto puder".
No extremo oposto, entretanto, figuram personalidades mais pessimistas, como Sigmund Freud, criador da psicanálise, e os escritores Frank Kafka, Jean-Paul Sartre e Joseph Conrad, parte de um grupo que representa 11% dos estudados. Para todos eles, como ficou claro em seus escritos, a vida simplesmente não tem sentido.
Por sua vez, outros pensadores, como o filósofo francês Jean-Jacques Rousseau e o físico Albert Einstein, autor da teoria da relatividade, achavam que o sentido da vida é "amar, ajudar e prestar serviços aos demais".
Esta foi a segunda opção de resposta que mais apareceu nas análises feitas e é também a escolhida pelo líder pacifista indiano Mahatma Gandhi, que afirmava: "Encontro meu consolo e minha felicidade me colocando a serviço de todas as vidas".
Para outro grupo de pensadores, a vida é simplesmente um mistério, como estava convencido Napoleão e também está o físico britânico Stephen Hawking, famoso por seu livro Uma breve história do tempo.
Finalmente, um menor número de estudados opinou que a vida é, simplesmente, "uma piada", entre estes, estão o cantor Bob Dylan e o escritor Oscar Wilde
Porque o homem procura o sentido da vida? Na verdade o homem procura o sentido da vida para poder entender a morte, pois tem medo dela.
O que esse medo faz? Não sabe, porém,que esse medo inconsciente prova que seu anelo é viver eternamente.
Qual a realidade desconhecida por muitos? A realidade desconhecida por muitos é essa, antes de encontrar o sentido da vida, o homem precisa ter um encontro com o Autor e Doador da vida,pois a Bíblia afirma categoricamente: “Porque nele vivemos, e nos movemos e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: pois somos também sua geração” (At.17.28).
O que ou quem é a vida? A vida não é uma filosofia, muito menos um romance. A vida é Jesus (Jo.14.6;1Jo.1.1,2 e Jo.17.3.

Analisando o pensamento bíblico, vejamos o que é a vida?
“Nossa vida e valor provém do Espírito de Deus. Muitos se vangloriam de suas conquistas e habilidades como se fossem donos de suas próprias forças; outros se sentem desvalorizados por não possuírem muitas habilidades.Na verdade, nosso valor não provém de nossas realizações, mas do Deus que criou o universo e escolheu presentear-nos com o misterioso e miraculoso dom da vida” (Bíblia de Aplicação Pessoal).

O QUE É A VIDA?

DEFINIÇÃO FISIOLÓGICA – Um ser vivo é alguém capaz de realizar algumas funções básicas: comer, metabolizar, excretar, respirar, mover, crescer, reproduzir e reagir a estímulos externos.
DEFINIÇÃO METABÓLICA – Entre os biólogos um ser vivo é como um objeto finito, que troca matéria continuamente com as vizinhanças, mas sem alterar suas propriedades gerais.
DEFINIÇÃO BIOQUÍMICA – Seres vivos são seres que contém informação hereditária reproduzível codificada em moléculas de ácidos nucléicos e que controlam a velocidade de rações de metabolização pelo uso de catalisa com proteínas especiais chamadas enzimas.
DEFINIÇÃO GENÉTICA – Um sistema vivo é um sistema capaz de evolução por seleção natural.
DEFINIÇÃO TERMODINÂMICA – O princípio da termodinâmica diz que, em um sistema fechado, nenhum processo que leve a um aumento da ordem interna do sistema pode ocorrer. Um ser vivo é um sistema aberto, que troca massa e energia com as vizinhanças.

ALGUNS PENSAMENTOS SOBRE A ORIGEM DA VIDA

A origem da vida é o resultado de um evento sobrenatural, isto é, além dos poderes descritivos da química e da física.
A vida surge espontaneamente a partir da matéria não viva em curto período de tempo, hoje e no passado.
A vida é coexistente com a matéria e não tem começo. Chegou à Terra no mesmo tempo da origem do planeta, ou imediatamente depois.
A vida se iniciou na Terra primitiva por uma série de reações químicas progressivas.
O poder da vida está nas mãos de Deus – 1Sm.2.6; At. 17.24-28.

Para Jó a vida era:

a) Como os dias do jornaleiro – Jó 7.1
b) Mais veloz do que a lançadeira do tecelão – Jó 7.6
c) como o vento – Jó 7.7
d) Como a nuvem que se desfaz e passa – Jó 7.9
e) É como a flor que se seca – Jó 14.2a
f) É como a sombra – Jó 14.2b

Para Moisés:

a) Como corrente das águas – Sl.90.5a
b) Como um sono – Sl.90.5b
c) Como a erva – Sl.90.5c e 6
d) Como um conto ligeiro – Sl.90.9

Em resumo o que se depreende dos textos é que a vida é breve e, já que é breve o que fazer com ela? Vivê-la-emos de qualquer maneira? De modo nenhum! A recomendação bíblica é: “Ensina-nos a contar os nossos dias,de tal maneira que alcancemos corações sábios” (Sl.90.12).
“Perceber que a vida é curta nos ajuda há usar o pouco tempo que temos mais sabiamente e para o bem eterno. Reserve um momento para contar seus dias e perguntar-se: o que desejo que aconteça em minha vida antes de morrer? Que pequeno passo tenho de dar em direção a tal propósito hoje?” (Bíblia de Aplicação Pessoal).
Essa contagem só pode ser feita com os dias que já se passaram e veja o quanto nos pesa fazer essa contagem: “O que é já foi; e o que há de ser também já foi;e Deus pede conta do que passou” (Ec.3.15).
O amanhã é uma incógnita! Se hoje fosse seu último dia o que mais gostaria de fazer na e com a sua vida? Amarias mais? Repartirias mais? Compreenderias mais? Perdoarias mais? Pedirias mais perdão? Abraçarias alguém que a tempo não abraças?
E se soubesses que viverias mais dez, 20, 30 ou mais anos, quais seriam seus projetos para o futuro?

a) Espiritual
b) Material
c) Físico
d) Financeiro
e) Profissional

Farias a oração do salmista Davi? “Faze-me conhecer, Senhor o meu fim, e a mediada dos meus dias, qual é, para que eu sinta quanto sou frágil” (Sl.39.4).
“A vida é curta, não importa quanto tempo venhamos a viver. Se existe algo importante que queremos fazer, não devemos adiar para outro dia. Pelo fato de a vida ser curta, não negligencie o que é verdadeiramente importante” (Bíblia de Aplicação Pessoal).

Planejarias como?

a) Os presunçosos antediluvianos – Gn.11.4. A vida deles era comer, beber, casarem-se e darem-se em casamento.
b) O homem natural – Pv.19.21 (comp. c/ Pv.16.1,9).
c) O rei dado ao luxo – Jr.22.13-19.
d) O rico insensato – Lc.12. 15-21.
e) O construtor imprudente – Mt.7.26,27.
f) O negociante venturoso – Tg.4.13.
Ilustração: O velho carpinteiro que estava para se aposentar.

CONCLUSÃO: Eis um bom projeto de vida:

Perder tudo para ganhar a Cristo – Fp.3.7-14. Você estabeleceria como projeto para sua vida perder tudo? O mancebo de qualidade não aceitou a proposta de Jesus, e você aceita?
Cristo – o alvo supremo – Fp.1.21. Se Cristo é seu alvo supremo, qual o seu projeto de vida para poder vê-Lo um dia?
Cristo – nossa vida – Cl.3.1-4. Se Cristo é de fato sua vida, que projetos tens para herdá-La por toda a eternidade?

Ele é a ressurreição e a vida – Jo.11.25,25.
“...a vida que agora vivo, vivo-a na fé...” Gl.2.20.
Nós só encontramos o verdadeiro sentido da vida em Deus.

QUAL O SENTIDO DA VIDA? A polícia informou ter encontrado o corpo de um rapaz de 16 anos e de seu amigo de 10 anos.
Aparentemente, o primeiro atirou, matando o amigo e, em seguida, suicidou-se. Ele deixou uma carta dizendo que estava cansado da vida.
Dezesseis anos, e cansado da vida. Cansado a ponto de morrer. Que declaração! Infelizmente, não é o único caso. O fato mais triste é que, atualmente, o suicídio é a segunda causa de morte entre os adolescentes americanos. Muitas pessoas qual não conhecem a Deus, lutam para descobrir o significado e o propósito da sua vida. Eclesiastes trata especialmente desse assunto.
A mensagem do livro é bastante direta. O escritor, Salomão, conta-nos que experimentou tudo o que a vida tinha a oferecer: riquezas e prazeres. Mas a sua conclusão foi: “Teme a Deus e guarda seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem” (Ec.12.13). Em outras palavras, no livro de Eclesiastes (que precisa ser totalmente lido, a fim de ser bem compreendido) é dito que Deus é quem dá sentido à vida. Sem Ele não há sentido.
Procure perceber: “SEM DEUS, NÃO EXISTIRÍAMOS”. Sem o Criador não haveria criação.
Qualquer tentativa de encontrar uma finalidade para a vida em outra fonte, que não Deus, será totalmente fracassada. Você NÃO EXISTIRIA se Deus não existisse. Isso parece muito simples? É IMPOSSÍVEL SUBTRAIR Deus da criação. A crença diabólica de que não existe Deus nem um significado para a vida tem levado muitas pessoas, inclusive alguns célebres intelectuais ao desespero, ao alcoolismo e até ao suicídio.
O historiador Will Durant declarou: “A maior questão de nosso tempo não é o consumismo versus o individualismo; não é a Europa versus a América; nem mesmo o Oriente versus o Ocidente; é se o homem pode viver sem Deus”.
Trina Paulus examinou essa questão sob outro ângulo. Com muita criatividade, em seu livro Hope for the Flowers, ele conta a história de uma lagarta chamada Stripe e sua busca pelo significado da vida. Um dia, Stripe viu uma coluna gigante formada por um monte de lagartas, umas sobre as outras. Todas as lagartas tentavam subir, para chegar ao topo. Então, Stripe começou escalar também, até que conseguiu chegar próximo ao topo da coluna. Daí, outra lagarta disse que se quisessem ir mais além teriam de livrar-se de outras lagartas que estavam acima. A coluna começou a oscilar; Stripe viu as semelhantes caírem e ouviu o grito delas. Depois SILÊNCIO. A frustração tomou conta de Stripe quando percebeu que esse era o caminho para cima. Então ouviu uma que estava la no alto sussurrar: “Não há nada aqui”. Outra respondeu: “Fique quieta, sua tola. As que estão mais abaixo da coluna vão ouví-la. Estamos exatamente onde elas querem chegar. E isso é tudo o que existe aqui”. Stripe ficou gelada, afinal o topo não era tão alto assim! E só parecia bom para quem olhava lá de baixo. Aí, ouviu-se outro sussurro: “Olhe lá adiante, uma outra coluna! E lá também! Em toda parte!” Irritada e frustrada, Stripe começou a gemer: “A minha era apenas uma coluna entre milhares. Milhões de lagartas estão subindo para chegar a lugar nenhum! Alguma coisa está errada, mas...o que existe lá?”
Essa história ilustra uma busca desenfreada por sentido para a vida, que, sem deus, parece frustrante. Mas as Boas Novas nos asseguram que existe um verdadeiro sentido para a vida. Não precisamos correr atrás de ilusões, em uma versão um pouco mais sofisticada da história de Stripe. (Transcrito da Bíblia do Estudante Aplicação Pessoal)

Conclusão
“Posso resumir tudo o que aprendi sobre a vida em duas palavras: ela termina”. (Robert Frost)
Deus existe. Ele o criou, conhece você pelo nome, ama-o e deseja que você também o conheça profundamente. Deus tem um propósito e um significado para sua vida, atente para o conselho do autor de Eclesiastes, e busque um encontro pessoal e eterno com Deus por intermédio de Cristo!

Esboço elaborado em. Coral Springs – USA - Janeiro de 2005, Pastor
Natanael Santos.

APRENDENDO COM OS LEPROSOS DE SAMARIA


“Então disseram uns aos outros; não fazemos bem; este dia é dia de boas novas, e nos calamos; se esperarmos até à luz da manhã, algum mal nos sobrevirá; por isso agora vamos, e o anunciemos à casa do rei” II Rs.7.9

No ano 853 a. C. O rei da Síria, Ben Hadade, reuniu todo seu exército e cercou a cidade de Samaria, capital do reino do Norte. A escassez de alimentos era tão grande que a cabeça de um jumento era vendida por 80 siclos de prata, e o esterco de pombas (que era usado como combustível) era vendido por 5 siclos, mesmo assim eram mercadorias difícil de serem encontradas.
A gravidade da crise atingiu uma proporção tão tamanha que a fome gerada por aquela circunstâcia devastadora que duas mães em pleno desespero de causa e completamente desorientadas por não saberem o que fazer, decidiram comer os próprios filhos. A drástica atitude daquelas mães aflitas só serviu para acrescentar mais problemas ao rei que ao passar sobre os muros da cidade, encontrou uma delas angustiada porque o que havia sido combinado entre elas não foi cumprido por uma das partes, pois, como ela mesma narra: num dia comeram seu filho e quando chegou a vez da outra sacrificar o próprio filho não o fez, agora seu maior anelo é que justiça fosse feita e para tanto, estava pedindo a intervenção do rei.
Enquanto se davam esses acontecimentos, quatro leprosos famintos estavam junto à porta da cidade. De repente decidiram entrar na cidade, sem se importarem se com essa atitude seriam mortos ou não, aliás, na mente deles com certeza passou a idéia uqe de qualquer maneira iriam morrer, ou de fome, ou por transgredirem a regra de aproximarem-se de alguém ou pela própria doença. Certos de que a única esperança de que dispunham era morrer de qualquer modo, pelo menos tomaram uma nobre decisão: Morrer, sim, porém, nunca de braços cruzados!
Com essa atitude entraram na cidade e qual não foi a surpresa deles, acharam prata, ouro, comida e vestes. Diante de tanta fartura comeram até se fartarem. Em um dado momento, entreolharam-se e chegaram à conclusão do versículo em apreço. O que eles disseram?

Não fazemos bem – Ao pronunciarem essas palavras, mostraram que suas consciências foram despertadas. Havendo estado famintos e prestes a morrer, mas agora, estando alimentados e diante de tanta fartura, estavam conscientes de que não podiam desfrutar sozinhos de tanta comida, enquanto uma cidade inteira estava perecendo de fome. Eles não foram egoístas!

Este dia –Aquele dia para eles era um dia diferente de todos os outros que já tinham vivido. A poucas horas estavam a ponto de morrer, sem explicação e sem nenhum mérito da parte deles foram favorecidos com a dupla benção: primeiro a de se fartarem e segundo a de continuarem vivos. Este dia bem que simboliza o dia da graça. Afinal, tal e qual aqueles leprosos, nós também estávamos perecendo de fome e condenados a morte eterna; sem nenhum mérito da nossa parte fomos favorecidos com a salvação, nossa fome foi saciada e estamos vivendo cada dia na dispensação desta maravilhosa graça! (Leia Jo.9.4 e II Co.6.2)

É dia de Boas Novas – O que eles haviam encontrado e a experiência que eles tiveram levou-os à conclusão de que aquele dia era um dia diferente, era um dia de gozo, era um dia de boas-novas. É exatamente essas boas-novas que o mundo inteiro precisa ouvir . A nação de Israel foi escolhida para ser portadora de boas-novas (Leia Is.40.9; 52.6-10), mas falhou em sua missão. Em razão disso, Deus não podia ficar sem testemunha, portanto, no lugar de Israel, Ele levantou a Igreja, constituída tanto de judeus como de gentios, através da redenção efetuada na cruz por Jesus Cristo. Hoje a Igreja de Jesus Cristo é a portadora de boas-novas para o mundo. A Igreja tem a melhor notícia que o mundo precisa ouvir. JESUS CRISTO ESTÁ VIVO, JESUS CRISTO SALVA, JESUS CRISTO CURA, JESUS CRISTO LIBERTA E BATIZA COM O ESPIRÍTO SANTO! (Leia Mt.28.1-8; Mc.16. 9-20; Lc. 24.9,45-48; Jo.20.11-18).

E nos calamos – A Bíblia afirma que há tempo para todas as coisas, inclusive para “falar” e para “se calar”, mas se existe algo na Bíblia que não está relacionada ao fator tempo é a pregação do Evangelho. Paulo orientou seu filho na fé, Timóteo, escrevendo o seguinte: “Conjuro-te pois diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino. Que pregues a palavra a tempo e fora de tempo...” (II Tm. 4.1,2a). Os leprosos tiveram a consciência de que não podiam ficar calados diante de tanta fartura quando haviam tantos que estavam condenados a morrer. Nós de igual modo também devemos ter a mesma consciência. Não podemos estar calados, cada dia estamos sendo alimentados com aquilo que Deus tem providenciado para nós. Somos os atalaias de Deus para essa geração. Como testemunhas de Jesus, precisamos exercer a nossa atividade de profetas, não no sentido de predizer o futuro, mas como proclamadores do propósito salvífico de Deus consumado na cruz do Calvário, com a morte de Jesus Cristo, para com o homem que Ele criou. (Leia Ez.3. 17-21; Is. 62. 1,6,7).

Se esperarmos até a luz da manhã – Os leprosos se conscentizaram da urgência. Não podiam ficar esperando a chegada do outro dia para levar as boas notícias ao rei de Samaria e a cidade. Escatologicamente falando, a luz da manhã é o outro dia que está para chegar, e segundo algumas profecias bíblicas, será um dia de “trevas espessas” “de angústia” “de aflição” (Is.13.4-6; Jr.4.19; Ez.7.7-10; Jl.2.1-2; 3.14; I Pe.3.1-10). Assim como os leprosos decidiram,nós também não podemos esperar que chegue esse “outro dia”, mesmo porque o Senhor Jesus afirmou que “o dia de amanhã não nos pertence”. “Trabalhemos enquanto é dia, anoite vem, quando ninguém pode trabalhar”, Jo 9.4.

Algum mal nos sobrevirá – Que bela lição! Eles estavam certos de que se ficassem acomodados, somente desfrutando da fartura que tinham encontrado, sem anunciar aos demais que estavam famintos, fatalmente eles sofreriam as duras penas de algum castigo. Ao analizarmos esse sentimento dos leprosos, somos chamados à atenção para as palavras do profeta Ezequiel no capítulo 33. 1-9.(É bom que seja lido).

Pelo que agora vamos – Não ficaram confabulando, simplesmente decidiram: “agora vamos”! Esta foi uma decisão muito sábia que os leprosos tomaram. Se tinham de compartilhar a benção, não havia razão para demora. A hora era aquela! A Igreja hoje não pode ter uma atitude diferente da dos leprosos. O tempo urge! Milhares estão perecendo com fome da Palavra de Deus. Já fomos grandemente abençados com esta salvação tão poderosa. Não podemos estar a nos fartar, dia após dia, quando há tantos que nem sequer sabem que Jesus é o Pão da Vida que sacia a fome da humanidade. O Novo Testamento, em sua maioria, foi escrito no grego, língua que não conjuga o verbo como no Português. A determinação ao “ide” de Jesus expressa a continuidade imediata da geração de discípulos. O “ide” de Jesus é imperativo e expressa a ação imediata. O grego conjuga somente o passado e futuro. O presente é uma ação que ao se tornar ativa, passa para o passado. Então o “ide” de Jesus, reflete a conjugação do verbo no gerúndio – “indo”. Ao conhecermos o Senhor, e no discipulado sua ordem, devemos colocar os pés no caminho (“indo”) para testemunhar e fazer outros discípulos. A Igreja Primitiva cresceu em ação da palavra do Senhor. Os discípulos levaram a sério a ordem do Senhor: “E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram”. (M.16.20) Façamos como os leprosos: Vamos agora! (Mt.21.28; Lc.14.21)

E o anunciemos à casa do rei – Aqueles leprosos estavam verdadeiramente conscientizados de que transmitir as notícias alvissareiras de que eram portadores, era acima de tudo uma questão de dever. O apóstolo Paulo também foi despertado por essa consciência quando escreveu à igreja que estava na cidade de Corinto: “...me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho!” (I Co.9.16). Sobre a Igreja pesa a responsabilidade de “anunciar as virtudes daquele que nos chamou das trevas para sua maravilhosa luz” (I Pe.2.9). Não podemos prescindir do sublime dever para o qual fomos chamados.

A lepra na Bíblia é símbolo do pecado. Nós estávamos na condição de leprosos, espiritualmente falando. Portanto, condenados à morte e morte eterna. Um dia porém, encontramos muita fartura, quando a luz do Evangelho brilhou em nossos corações. Estamos saciados, estamos ricos da graça de Deus, os leprosos de Samaria eram participantes dos despojos, nós por mercê de Deus, somos participantes das “riquezas da graça” e “das riquezas da glória” (Ef.1.7, 18). Deus nos abençoou “com todas as bençãos celestiais em Cristo Jesus” (Ef.1.3). Deus “nos deu tudo o que diz respeito à vida e a piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou por sua glória e virtude” (II Pe.1.3). Não podemos ser egoístas, ficando com essas benesses só para nós, temos o santo dever de compartilhá-las com todos aqueles, que como nós outrora, estão sentenciados a morrer. Sigamos o belo exemplo daqueles quatro leprosos. Permitamos que nossas consciências sejam verdadeiramente despertadas para o fato de que se não fizermos alguma coisa por aqueles que estão morrendo, algum mal, também nos sobrevirá, pelo que, reajamos como eles, e sem perca de tempo, vamos agora mesmo e anunciemos as boas novas de salvação!



Pensei que estava só

Algum dia você já se deparou como um náufrago em uma ilha deserta? De repente você não está em uma situação igual, mas, quem sabe não está ilhado dentro de você mesmo, curtindo uma solidão em meio à multidão. Se esse é o seu caso, ou se você conhece alguém vivendo um momento assim, acompanhe o que a Bíblia tem para lhe dizer: Ela nada diz a respeito de alguém náufrago em uma ilha deserta, mas conta a história de um homem que se sentiu só dentro de uma caverna. Este homem, porém, antes de ir para lá, desfrutara de momentos de muita proximidade com Deus, tão íntima e profunda era sua comunhão com o Criador que em um dado momento da sua vida, em resposta a uma oração até fogo desceu do céu. A essas alturas você já deve ter descoberto quem é o personagem desta história. É ele mesmo, o profeta Elias!Jezabel tinha introduzido deuses pagãos na vida religiosa de Israel, que foram aceitos pelo povo. Para agradar sua mulher, Acabe, deu-lhe autoridade sobre assuntos religiosos, e mandou construir ídolos e templos aos deuses dela. Acabe igualou o culto a Baal ao culto a Jeová, então, Deus enviou Elias “o tisbita”. O profeta destemidamente denunciou o pecado que todos haviam cometido, abandonando a Jeová. Por causa da sua pregação, por haver destruído os falsos profetas de Baal e de Asera, Jezabel decidiu matá-lo. Diante disso, Elias fugiu para o deserto, indo esconder-se em uma caverna (1 Rs 19.1-9). Lá estava o “profeta de fogo”, triste, desanimado e deprimido, sem ninguém para compartilhar aquele momento difícil pelo qual estava passando. Deus, que tudo vê, esteve atento a todos os passos dado pelo profeta, viu perfeitamente quando o mesmo entrou na caverna sem nenhuma expectativa de vida, sem ninguém para dialogar, sem ninguém para desabafar, então, entra em cena para resolver a solidão de Elias. A primeira providência que tomou foi Ele mesmo revelar-se ao profeta, ele precisava, em primeiro lugar, saber que Deus não o havia deixado só. A prova disso se deu na escuridão da caverna, Ele fez soar Sua voz “mansa e delicada” (1 Rs 19.12). Este Deus que servimos tem prazer em comunicar-se com os seus. Nós é que muitas vezes nos distanciamos dEle. Talvez, desanimado em vista da perseguição, Elias se esquecera de orar, ficando assim, por algum tempo desligado da comunhão com Deus, razão pela qual entrou em depressão. O momento realmente era difícil para o profeta, porém, Deus veio em seu auxílio e lhe revelou Sua aconchegante presença. Oh! Quão maravilhosa é a presença de Deus! (Veja o hino 194 da Harpa Cristã, principalmente a segunda estrofe). Não podemos abrir mão da nossa comunhão com Ele, como escreveu o apóstolo São João (Ver 1 Jo 1.1-4). E para isso não acontecer, precisamos manter viva nossa ligação através da oração e da meditação em sua Palavra (Js 1.7-9). A consciência da presença de Deus em nossos corações é o primeiro passo para vencermos a solidão. O segundo passo é a atividade espiritual. Deus não aprovou as lamentações de Elias, antes lhe deu ordens para voltar pelo caminho por onde havia iniciado sua fuga a fim de realizar algumas tarefas importantes, tais como: Ungir Jeú, Hazael e Eliseu profeta em seu lugar (1 Rs 19.15,16). A solidão nos faz queixosos e murmuradores, mas quando estamos ocupados realizando a vontade de Deus, podemos sentir Sua presença e Sua aprovação dentro de nós. A própria Bíblia diz: “... sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor” (Rm 12.11c). Elias sentia-se sozinho, sem saber que Deus havia-lhe reservado companhia. O terceiro passo se encontra no versículo 18 do capítulo em apreço: “Também reservei em Israel 7.000 – todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que não o beijou”. (1 Rs 19.18). O que Deus estava querendo dizer a Elias revelando-lhe sobre os sete mil joelhos que não haviam se dobrado diante de Baal? Que saísse da caverna e fosse se juntar a outros que também amavam o mesmo Deus a quem Ele amava. Deus sabia que quando Elias encontrasse outros com a mesma fé e o mesmo amor, haveria uma aproximação e uma comunhão tão grande e profunda, que iria dissipar a solidão sofrida por ele, enquanto estava na caverna.Muitos se entregam à solidão porque não querem empregar seu tempo nem se dar ao trabalho de encontrar uma oportunidade de comunhão com aqueles que compartilham a mesma fé e o mesmo amor de Deus. Este é o terceiro passo para vencer a solidão: Manter comunhão com os que amam o Senhor. O mundo tem aproximadamente 6 bilhões de habitantes, a população dos Estados Unidos da América deve girar em torno de 250 milhões de habitantes, nossa comunidade está beirando os 500 mil só aqui no Sul da Flórida. Você faz parte de todo este contexto, não há necessidade de ficar ilhado. A revista veja publicou a algum tempo atrás uma reportagem sobre a solidão, revelando dados impressionantes: “No Brasil, diz a Veja, 9% dos lares já são compostos de pessoas que moram sozinhas. Elas se dizem felizes, mas ninguém gosta de se imaginar solitário para sempre. A tendência a viver sozinho é mundial. Alguns dos países campeões de domicílios ocupados por uma só pessoa são: Suécia, com 4%; Dinamarca, 36 %; Inglaterra, 35%; Alemanha, 30%; França, 30 %; Estados Unidos 26 %. Para evitar a solidão, há os que têm bichos de estimação. Outros têm se dedicado ao diálogo virtual - a internet está “roubando” a vida de muitas pessoas. Segundo os especialistas na área, a solidão força a pessoa a conviver consigo mesma dentro de um quadro de introspecção que pode tornar-se insuportavelmente sufocante. As estatísticas comprovam que a solidão é a causa de muitos suicídios. Muitos recursos paliativos estão sendo buscados por pessoas que sofrem desse mal, dentre eles, destacam-se: “personal trainers”, salões de beleza, spas, cursos, terapias alternativas, etc.” Este é o mundo onde vivemos, mas não é este o mundo que Deus quer que você viva. A Bíblia diz: “Melhor é serem dois do que um... porque se um cair, o outro o levanta o seu companheiro; mais ai do que estiver só...” (Ec 4.9,10). Ainda: “Deus faz com que o solitário viva em família...” (Sl 68.6). Você é parte da família de Deus (Ver Ef 2.19). Sim, Deus, preparou uma família e a chamou de Igreja, Paulo falou dela como o mistério que “desde os séculos esteve oculto em Deus” (Ef 3.9). É nela e através dela que você pode nutrir e manter sua comunhão com Deus e com os irmãos. Talvez, por estar vivendo em um país visivelmente individualista, tenha sido apanhado(a) sem querer pela síndrome do sentir-se sozinho(a) em meio à multidão. Longe da família, dos parentes e da pátria, se sente desolado(a), fazendo do seu quarto, da sua casa ou do seu trabalho a sua “caverna” e quem sabe está neste exato momento queixando-se de solidão.Se este, por exemplo, for o seu caso, ou se você sabe de alguém que esteja passando por semelhante situação, convido-te a dar uma olhadinha para dentro de você:Vimos a pouco que o primeiro passo para a comunhão com Deus é a consciência da Sua presença em nós e conosco. Deus está presente! Ele nunca te deixa só, por mais difícil que seja a sua jornada, Sua presença está assegurada de acordo com o salmista: “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra e da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo...” (Sl 23.4). Além de ter consciência da presença de Deus, você precisa estar ativo(a) em Sua obra.Outro ponto importante para a manutenção da comunhão é você relacionar-se com aqueles a quem Deus ama. Lembre-se, Deus nos fez seres gregários para vivermos unidos e em harmonia uns com os outros. Não importa o quão diverso possa ser nosso universo, o importante é mantermos a unidade dentro da diversidade. Somos muitos membros, mas um só corpo. Pertencemos à mesma família e somos filhos do mesmo Pai – Deus, portanto, não há razão para viver a síndrome da solidão em meio à multidão.